terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Energia Eólica: lobo travestido de cordeiro?

Energia Eólica: lobo travestido de cordeiro? Após o “descobrimento” do aquecimento global, o meio ambiente têm ocupado crescente espaço em nossas vidas. Isso levou muitos termos da ecologia e das ciências ambientais a serem utilizados de forma indiscriminada pela mídia, políticos e empresários. Exemplos clássicos são exatamente as expressões “energias limpas” e “energias renováveis”, considerados por muitas pessoas como sinônimos. O primeiro diz respeito a fontes energéticas que produzem pouco ou nenhum poluente durante seu processo de geração. O segundo leva em conta apenas a disponibilidade ou taxa de renovação da fonte energética (se compatível ou não com a escala temporal humana). Frequentemente as pessoas associam esses dois conceitos acreditando que energias renováveis são limpas e vice-versa. No entanto, podemos pagar um preço caro por essa questão aparentemente insignificante, pois energias renováveis não são necessariamente limpas (apesar de a recíproca geralmente ser verdadeira). Um grande exemplo é a energia eólica, que é vista como uma das energias salvadoras do planeta, mas em uma análise detalhada pode se revelar como grande vilã para o aquecimento global. Essa forma de geração de energia se encontra em franco processo de expansão em todo o mundo. No Ceará, até faz parte da política energética do Governo do Estado. No entanto, existem sutis detalhes de sua logística que, na opinião de alguns cientistas, como James Lovelock, colocam em xeque sua real contribuição para o enfrentamento do aquecimento global. Primeiramente, o funcionamento das turbinas depende da força do vento. Quando o vento é fraco, elas não funcionam em plena potência, e quando ele não é suficiente para rodar as hélices, não há produção de energia. No litoral do nordeste, uma das regiões de maior potencial eólico, as turbinas funcionam em plena capacidade em não mais que 60% do tempo (a média mundial é de 30%). Isso significa que, no resto do tempo, para manter o abastecimento de energia constante que precisamos, são necessárias fontes suplementares tradicionais de energia (combustíveis fósseis e hidrelétricas). O outro detalhe diz respeito à eficiência financeira e espacial (área utilizada) para geração de energia. Apesar de possuir tarifas energéticas equivalentes a outras fontes de energia (devido a subsídios governamentais), os custos para geração da energia eólica podem ser até três vezes maiores que a energia nuclear. Em termos espaciais a energia eólica é uma das formas de geração de energia que requer maior extensão territorial. A geração de 1 Gigawatt de energia elétrica a partir do gás natural requer 5 hectares; a partir de energia nuclear, cerca de 10 hectares. Segundo dados da ANEEL, no Brasil, para gerar a mesma quantidade de energia, um parque eólico precisa de 80 a 4.000 hectares. A não ser que o parque eólico seja instalado no mar ou em um deserto, provocará o desmatamento (e respectivas emissões) de uma área que poderia estar contribuindo para a captura de carbono. Além disso, a demanda por extensas áreas gera conflitos territoriais. No caso específico do Ceará, a instalação de parques eólicos no litoral tem causado grande insatisfação entre comunidades de pescadores e marisqueiros, que muitas vezes são impedidos de circular em suas redondezas. Não pretendo que o leitor crie aversão à energia eólica, mas apenas que tenha consciência de seus aspectos negativos (muitas vezes ignorados) e também os leve em conta para se posicionar em relação ao tema. Nenhuma forma de geração de energia é absolutamente limpa: certo grau de impacto ambiental é inevitável para qualquer que seja a fonte. A energia eólica tem grande valor, mas não é a panacéia contra o aquecimento global, como algumas pessoas colocam. Ela tem impactos negativos e sua instalação indiscriminada em todo o mundo pode atrapalhar mais do que ajudar no enfrentamento das mudanças climáticas globais. O aquecimento global ameaça reduzir as áreas agricultáveis. Com essa ameaça temos que balancear nossas fontes de energia do modo mais eficiente possível para conciliar a geração de energia com outras necessidades. FONTE: http://www.semiarido.org.br/artigos-show/81/0/marcelo-teles

Postado no Blog: http://comunidadesitiocumbe.blogspot.com/

O uso das TICs no ambiente escolar

O uso das TICs no ambiente escolar
Profª Regina Maria Dutra

Introdução
Cada dia que passa a informática se torna mais constante na vida das pessoas. No ambiente escolar ela vem sendo inserida de forma gradativa. Hoje todo trabalho burocrático pode ser feito de maneira mais rápida e eficiente. A escola vem mudando estrutural e funcionalmente em relação as novas TICs.
Até pouco tempo tudo era feito manualmente dentro do ambiente escolar. Um trabalho demorado e que se danificava mais facilmente com o passar do tempo. Hoje as escolas possuem máquinas de xerox, as secretarias são equipadas com computadores conectados à internet e podem fazer a ligação entre escolas agilizando, assim, o trabalho de coleta de informações em relação a vida de seus alunos e funcionários.
Através desse artigo pretendo fazer uma pequena reflexão sobre a importância das tecnologias de informação e comunicação no ambiente escolar.

Desenvolvimento
A utilização das tecnologias está se tornando cada vez mais populares. As pessoas utilizam tecnologias a todo instante, seja em casa com novos eletrodomésticos que facilitam a vida, seja com aparelhos que se conectam e interagem com o mundo externo, seja no ambiente de trabalho onde as novas tecnologias implantadas a todo o momento, ou no ambiente escolar onde trabalhos como o de confecção de boletins, cadastro de alunos e funcionários, certificados de conclusão de curso, históricos e mais uma infinidade de atividades são feitos com a ajuda de computadores e máquinas de xerox. As escolas, ainda, contam com internet para conexão com as superintendências de ensino, secretárias de ensino e demais escolas, minimizando e agilizando as informações.
Segundo RAMOS "a utilização das novas tecnologias tem provocado transformações na realidade social, confirmando a importância do uso dos computadores e das mídias digitais na Educação". Contudo, apesar do grande discurso sobre a importância da utilização das TICs nas escolas percebemos que o professor, ainda, está arraigado as salas de aula tradicionais. Talvez isto se deva ao fato que nós professores não fomos educados com tecnologias. Nós somos os chamados ?migrantes digitais?, nascemos em uma era com pouca tecnologia e estão nos adaptando a elas.
De acordo com VILARINHO "o que não pode ocorrer é o professor ignorar o fato de a tecnologia digital fazer parte do dia a dia do aluno (...). os recursos tecnológicos são armas fundamentais para tornar as aulas mais instigantes e apreciadas". O aluno ao contrario do professor é um ?nativo digital?, nasceu inserido as novas tecnologias e não tem medo dela.
Estamos presenciando a popularização das TICs, que se tornam, cada vez mais, parte da vida das pessoas, seja no trabalho ou como forma de interação das pessoas com o mundo em que estão inseridas, difundindo conhecimentos e culturas.
O uso do computador e das mídias digitais se torna cada vez mais importantes para a melhoria do ambiente escolar. Mas essa melhoria só se torna significativa a partir do momento que o professor toma consciência que para ser eficiente ele deve conhecer e ter um conhecimento básico da tecnologia que irá utilizar para não correr o risco de se perder perante indivíduos críticos que dominam esse tipo de equipamento.
As TICs devem ser usadas no ambiente escolar como um aliado para a promoção do aprendizado, não se esquecendo que o professor é quem determina o conteúdo e o aluno é o sujeito que decide o melhor caminho para digerir esse conteúdo. Como afirma VIEIRA "as profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos professores que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação". O professor hoje tem o papel de mediador-facilitador-animador do processo de ensino aprendizagem para formar alunos críticos que buscam construir seu próprio saber.
FRÓES afirma que "os recurso atuais da tecnologia, os novos meios digitais: multimídia, a Internet, a telemática trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir". Os alunos muitas das vezes já estão familiarizados com as mídias (são nativos digitais) mas não percebem sua importância educativa. O simples ato de editar um texto faz com que a pessoa interprete de forma diferente o texto que utiliza ou que está produzindo.
A utilização das TICs no ambiente escolar não deve ser vista como uma ferramenta apenas para apresentação de um assunto, pois quando a usamos somos modificados por elas e, tanto professores quanto alunos conseguem melhorar seus conhecimentos e adquirir novos.
O professor não precisa se tornar um especialista em TICs para que estas tecnologias sejam implantadas em suas aulas. Ele precisa é de incentivo, de estímulo para poder mudar sua ação pedagógica e ter consciência de que ele é um facilitador do conhecimento e que as mudanças escolares partem principalmente dos professores.
Finalizando podemos citar MORAN, que afirma que "Há mudanças drásticas no mundo do trabalho. As empresas estão substituindo todas as tarefas de rotina, previsíveis, por soluções tecnológicas, programas ou equipamentos. (...) [Pessoas] que saibam resolver problemas, trabalham bem tanto individualmente como em grupo e que sejam extremamente eficientes". Por isso, é que o ambiente escolar tem que se inovar e buscar nas TICs uma aliada para formar pessoas qualificada e que possam suprir as necessidades do mercado de trabalho atual.

Considerações finais
Podemos perceber que para se utilizar as TICs no ambiente escolar o que precisamos é de professores incentivados e abertos aos novos conhecimentos, que percebam que seus alunos são sujeitos nativos das tecnologias e estão se desenvolvendo em conjunto com elas, descobrindo a cada apertar de botão um mundo novo, e que ele, professor, deve perder o receio de apertar o botão e estragar a máquina. Tudo começa na escola e com a ajuda dos professores e das TICs é que se espalha pela mundo.

Referencias bibliográficas
FRÓES, José R.M. Educação e Informática: A relação Homem/Máquina e a Questão da Cognição ? http://www.proinfo.gov.br/bilbioteca/textos/txtie4doc.pdf
MORAN, José Manuel. Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª ed.. São Paulo: Paulinas, 2007-p.10-15.
VIEIRA, Fábia Magali Santos. Gerência da Informática Educativa: segundo um pensamento sistemático ? http://www.connect.com.br/ñtemg7/gerinfo.htm (nov/2002)
VILARINHO, Sabrina. Equipe Brasil Escola. http://www.educador.brasilescola.com>...< Português.

Por Regina Maria Dutra.
Graduada em Ciências Sociais, professora de História para as séries finais do Ensino Fundamental e de Sociologia para o Ensino Médio da rede estadual de Minas Gerais e tutora presencial do curso de Graduação de Geografia pela Unimontes, no polo de Pompéu.

Fonte: http://www.webartigos.com/artigos/o-uso-das-tics-no-ambiente-escolar/59618/

Militares mortos na Antártica recebem medalhas e promoção no Rio

Familiares participaram de homenagem na Base Aérea do Galeão.
Para autoridades, militares são exemplo de heroísmo e profissionalismo.


Os dois militares mortos em um incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foram homenageados na manhã terça-feira (28) no Rio de Janeiro. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos foram promovidos ao posto de segundo-tenente, admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff, e agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos, da Marinha.
Os dois morreram na madrugada de sábado (25) enquanto combatiam um incêndio que começou na área dos geradores de energia da estação. Uma pessoa ficou ferida. A base que abrigava 45 pesquisadores de diversas áreas ficou destruída e o governo anunciou que ela deve ser reconstruída em dois anos.
Muito emocionados, os familiares receberam os cumprimento dos oficiais da Marinha. No caminho para entrar no ônibus, a mãe do segundo-sargento Santos falou, rapidamente, com os jornalistas. "Ele sempre foi o meu herói. Ele era tudo para mim desde pequeno." Já a viúva de Figueiredo, Nilza Costa Figueiredo, disse apenas que foi casada com ele por 26 anos.
Ao final da cerimônia, os corpos dos dois militares foram levados para o Instituto Médico Legal (IML). Segundo a assessoria de imprensa da Marinha, o corpo do segundo-tenente Santos pode ser velado ainda nesta terça no Cemitério do Caju, na Zona Portuária da cidade. Já o corpo do segundo-tenente Figueiredo será encaminhado para Vitória da Conquista, na Bahia, sua cidade natal.
Heroísmo
Durante a cerimônia, o vice-presidente da República, Michel Temer, lamentou as mortes. “Esses homens que se foram agora não têm medo, se temessem, não teriam tido o gesto de heroísmo que tiveram na Antártida. Que o exemplo deles sirva para seus filhos, para a Marinha e para todos os brasileiros. Em nome do povo brasileiro, que está acompanhando tudo isso, quero prestar solidariedade à família e à Marinha do Brasil”, disse o vice-presidente.

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, os militares são exemplo de heroísmo e profissionalismo e serão lembrados sempre pela Marinha e pelas Forças Armadas do Brasil. “Reconstruiremos a estação da Antártica também em homenagem a esses homens que tombaram no cumprimento do dever”, ressaltou o ministro.

Também participaram da cerimônia os comandantes das três Forças Armadas: almirante-de-esquadra Julio Soares Moura Neto, da Marinha; tenente-brigadeiro-do ar Juniti Saito, da Aeronáutica, e general Enzo Martins Peri, do Exército.
"Por mais que tentemos externar nossos sentimentos, nunca será o suficiente. Nossos dois heróis realizaram esse último sacrifício e ofereceram suas vidas no cumprimento do dever", afirmou o almirante Julio Neto.

Peritos investigam incêndio
Os peritos que vão investigar as causas do incêndio que destruiu a base de pesquisas científicas da Marinha brasileira já estão na Antártica. O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que foi para a base chilena Eduardo Frei resgatar o corpos dos dois militares que morreram na estação levou o embaixador brasileiro no Chile, integrantes da diplomacia e militares. Eles dividem espaço com suprimentos, caixas, roupas, equipamentos de comunicação e comida para os 12 militares que estavam na estação na hora do incêndio e que foram levados para a base chilena.
O capitão Fernando Coimbra, chefe da estação brasileira na Antártica, diz que não houve explosão antes do incêndio. Ele contou que o suboficial Carlos Figueiredo e o primeiro sargento Roberto dos Santos, que morreram no incêndio, tentavam fechar a válvula do reservatório de etanol para evitar que o fogo se espalhasse pela mangueira e chegasse ao tanque, que ficava atrás do gerador.
Segundo o capitão, a equipe tentou usar água do mar para controlar o incêndio, mas a água congelou na mangueira. Os corpos dos dois foram encontrados a dez metros do compartimento dos geradores a óleo, onde o fogo teria começado. “Mais do que perda material, mais do que da nossa casa durante um ano é a perda dos nossos amigos”, afirmou o chefe da estação antártica brasileira, Fernando Coimbra.
Quarenta e cinco militares e pesquisadores, que estavam na base brasileira na Antártica, chegaram ao Brasil na madrugada de segunda-feira (27). A maior parte do grupo desembarcou na Base Aérea do Galeão. Cansados e abalados com o acidente, traziam apenas as roupas do corpo. Contaram que o fogo se espalhou rapidamente e não puderam salvar objetos pessoais.
Entre os que chegaram estava o primeiro sargento Luciano Gomes Medeiros, que sofreu queimaduras nas mãos. Ao sair do avião, ele foi colocado numa cadeira de rodas e levado para o hospital da Marinha, onde permanece em observação.

Fonte:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/02/militares-mortos-na-antartica-recebem-medalhas-e-promocao-no-rio.html

Bullying

Bullying - É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.



Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Fonte: http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm

Professora de Goiânia resgata brincadeiras e recebe prêmio

Professora no Centro Municipal de Educação Infantil Colemar Natal e Silva, em Goiânia, há cinco anos, Ângela de Lourdes Rezende e Araújo integra o grupo de vencedores da quinta edição do Prêmio Professores do Brasil. Ela concorreu com o projeto Brincadeiras de Crianças e Possibilidades de Integração com a Família. Desenvolvido inicialmente com 20 alunos da educação infantil, na faixa etária de cinco anos, o trabalho, voltado para o resgate de antigas brincadeiras, atraiu as famílias para a escola.

Moradora de Hidrolândia, a 30 quilômetros da capital, Ângela leciona desde os 16 anos, quando concluiu o curso de nível médio de magistério. Naquela época, descobriu a paixão pelo ensino. Mesmo lecionando em escolas públicas, nas quais, às vezes, faltam recursos para efetivar determinadas propostas de trabalho, ela garante que o mais importante não lhe falta: “Entusiasmo, criatividade, predisposição interna para a mudança, bem como o desejo de cativar as crianças e criar propostas inovadoras, que tornem as aulas mais criativas e façam a diferença na vida dos educandos”.

Formada em pedagogia, com especialização em planejamento educacional e psicopedagogia, ela acredita que o trabalho do educador produz a diferença quando ele gosta do que faz e busca uma formação continuada. “É preciso valorizar muito o professor”, salienta.

Na opinião de Ângela, o magistério é uma profissão capaz de formar pessoas que veem e compreendem a realidade, atuando nessa realidade como elemento de mudança e transformação. “Enquanto educa, o professor forma mentalidades que podem exercer a cidadania e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária”, ressalta.

A professora revela que seu trabalho é todo subsidiado por projetos, originados principalmente dos interesses e necessidades do grupo de alunos. “Ao trabalhar com projetos, tornamos nosso currículo mais dinâmico, rico e significativo”, diz. Para ela, os projetos também permitem que a interdisciplinaridade ocorra de forma natural, além de instigar o interesse das crianças e o engajamento da família nas propostas de trabalho. Possibilitam ainda o entrelaçamento dos conhecimentos científicos e não científicos e permitem que as crianças se considerem integrantes do processo. “Aos poucos, elas vão se apropriando de nossa cultura e construindo seus conhecimentos”, enfatiza.

Resgate — O projeto premiado resgatou brincadeiras do tempo em que os pais dos estudantes eram crianças, de modo a ampliar o repertório de atividades lúdicas no cotidiano dos alunos. Procurou, também, integrar o estudo da vida e da obra de Cândido Portinari (1903-1962), com suas brincadeiras populares infantis. Uma parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Goiânia valorizou a prática da inclusão. Outra preocupação do projeto foi a de desenvolver experiências significativas por meio de múltiplas linguagens para incentivar a interação entre as crianças e promover a aprendizagem.

De acordo com Ângela, foi possível observar, na prática, que o resgate de brincadeiras mais antigas aproximou os pais da escola, abriu espaço para a criatividade e tornou as crianças mais amigas umas das outras. Contribuiu ainda para a valorização de brincadeiras que estavam esquecidas. “Notamos que o projeto permitiu uma prática mais reflexiva, que valorizou o conhecimento de mundo das crianças, de forma que esse conhecimento fosse vivido, sentido, percebido e explorado por meio de situações diversas”, argumenta a professora. Ela conclui que o trabalho permitiu o entrelaçamento entre o brincar, o cuidar e o educar, ao reconhecer a criança como sujeito de direitos com poder de imaginação, fantasia e criatividade.

Fátima Schenini

Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17538

Senadores lamentam mortes e anunciam audiência para discutir acidente na Antártica


O acidente que praticamente destruiu a base brasileira na Antártica, causando a morte de dois militares, mobilizou os senadores nesta segunda-feira (27). O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle (CMA), senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), anunciou a realização de uma audiência pública para tratar do caso. A Estação Antártica Comandante Ferraz, inaugurada em 1984, foi atingida por um incêndio no último sábado (25).

A audiência para discutir o acidente e os próximos passos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) será realizada em conjunto pela CMA e pelas Comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), provavelmente no dia 6 de março.

Rollemberg lamentou o acidente na base, em particular a morte dos dois militares que tentavam controlar o incêndio, mas fez questão de elogiar o Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Segundo o senador, o Proantar é uma das grandes conquistas nacionais, por conta das pesquisas científicas relevantes, que colaboram com o desenvolvimento do país.

Em nota divulgada ainda no sábado, antes da notícia das mortes dos militares, o presidente da CCT, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), manifestou solidariedade a todos envolvidos nos trabalhos na base. Ele destacou o trabalho dos militares e dos cientistas brasileiros na Antártica, que considera "de importância vital para o presente e o futuro do nosso país e do planeta".

Os senadores Ana Amélia (PP-RS) e Sérgio Souza (PMDB-PR) pediram, nesta segunda, o esforço do governo brasileiro para reconstruir a base o mais rápido possível, a fim de permitir a retomada das pesquisas.

- Esperamos que o governo brasileiro investigue com precisão e agilidade as causas do acidente e garanta a reconstrução da nossa base de estudos na Antártica de forma mais segura e muito mais avançada - disse Ana Amélia.

Também lamentando as mortes e os estragos na base brasileira, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou o governo federal pelos cortes nos repasses de recursos para as pesquisas na Antártica. Segundo ele, o orçamento do Proantar passou de R$ 18 milhões, em 2011, para R$ 10 milhões, em 2012. Além disso, do montante previsto para o ano passado, só R$ 9,2 milhões foram efetivamente liberados.

- O incêndio, o naufrágio e o estrago no navio dão ideia da penúria que assola esse programa brasileiro - afirmou o senador.

Fonte: Agência Senado