O deputado tomou a palavra após Fernando Ferro (PT-PE), líder do PT na Câmara, apontar o que considerou "avanços" na educação durante a gestão de Haddad.
"Creio que, pelo tom da fala do líder [Fernando Ferro], podemos esperar que o ministro continue ocupando o cargo [a partir de 2011]", disse Neto, antes de ser aplaudido por grande parte da comissão.
Haddad não quis comentar a manifestação dos deputados. "Seria deselegante fazer qualquer comentário sem a fala da presidente Dilma Rousseff", disse o ministro ao sair da audiência.
Polícia Federal
Durante a fala na comissão da Câmara, o ministro disse que, como forma de garantir a segurança do Enem, a Polícia Federal cruza os dados do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para saber se há parentesco entre inscritos e fiscais.
"Todos os CPFs dos participantes do exame, seja na condição de inscrito, seja na de fiscal, são encaminhados à Polícia Federal, que cruza os dados inclusive entre inscritos para identificar potencial dano à lisura do processo", afirmou.
Os deputados também questionaram o ministro a respeito da gráfica (RR Donnelley Moore) e das instituições contratadas para a organização do Enem (Cesgranrio e Cespe).
Segundo Haddad, a melhor opção seria se a Casa da Moeda tivesse capacidade para fazer a impressão, pois assim não seria sequer necessário haver licitação.
"Cesgranrio e Cespe são as instituições que fazem o Enem desde 1998, a Cesgranrio principalmente. As duas, basicamente, dividem o país ao meio para realizar o Enem, cada uma fica responsável por uma parte. Na minha opinião, só a união das duas garante que o exame seja feito em todo o país", afirmou.
O deputado Raul Henry (PMDB-PE) questionou a Teoria de Resposta ao Item (TRI), afirmando que leu avaliações de especialistas que defendem que a metodologia garante isonomia na comparação de sistemas, mas não na seleção de pessoas para vagas limitadas.
O ministro respondeu falando de uma nota técnica que a Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil emitiu na semana passada, garantindo a validade do exame com base na TRI, que permitira aplicar provas diferentes com o mesmo grau de dificuldade - o argumento é usado pelo ministério para defender a aplicação de novas provas aos alunos prejudicados pela falhas nos exames de 6 e 7 de novembro.
Haddad também citou o SAT (Scholastic Assessment Test, prova dos EUA similar ao vestibular), que usa a mesma metodologia e realiza provas diferentes em uma mesma edição.
Na terça (16), Haddad já havia comparecido à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Na ocasião, ele defendeu a realização de mais de uma prova do Enem durante o ano e afirmou que não tirou do Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa Anísio Teixeira (Inep) a responsabilidade pelos problemas no exame.Fonte: www.g1.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário