"Nunca pensei em desistir", diz jovem após quatro anos de tentativas. Ele decidiu estudar na Universidade Federal de Goiás, onde foi 4º colocado.
Após quatro anos prestando vestibulares por todo o país, o jovem
Gabriel Alvarenga, de 20 anos, foi aprovado em seis instituições de
ensino públicas para o curso de medicina. “Não me via exercendo outra
profissão”, conta o estudante. A faculdade escolhida para realizar o
sonho de se tornar médico foi a da Universidade Federal de Goiás (UFG),
onde passou na 4º colocação.
O objetivo dele sempre foi estudar na instituição goiana devido à
qualidade do ensino e à proximidade da família e dos amigos. “Prestava
nas outras porque não dá para prestar só um vestibular”, explica.
Gabriel também foi aprovado nas universidades federais do Triângulo
Mineiro, do Amazonas e do Acre, na Faculdade de Medicina de Marilia e na
Escola Superior de Ciências da Saúde de Brasília.
O jovem mal teve tempo de descansar, pois as aulas da UFG começaram no
último dia 25 de março. "Agora, troquei os livros do cursinho pelos da
faculdade", comenta.
Trajetória
Como sempre estudou em escolas particulares, desde que morava em Rubiataba, cidade goiana onde nasceu, Gabriel lembra que nunca prestou vestibular pelo sistema de cotas raciais. "Sou contra as cotas da maneira como elas se estabelecem hoje. Não acho que cor julga capacidade ou inteligência. Sou a favor das cotas para pessoas de escolas públicas e de baixa renda, mas raciais, não. Além disso, o fato de eu ter estudado em escolas particulares não me garantia esse direito em nenhuma faculdade. Prestei todos os vestibulares pelo sistema universal", argumenta.
Como sempre estudou em escolas particulares, desde que morava em Rubiataba, cidade goiana onde nasceu, Gabriel lembra que nunca prestou vestibular pelo sistema de cotas raciais. "Sou contra as cotas da maneira como elas se estabelecem hoje. Não acho que cor julga capacidade ou inteligência. Sou a favor das cotas para pessoas de escolas públicas e de baixa renda, mas raciais, não. Além disso, o fato de eu ter estudado em escolas particulares não me garantia esse direito em nenhuma faculdade. Prestei todos os vestibulares pelo sistema universal", argumenta.
Para intensificar os estudos, ele deixou a família no interior e se mudou há seis anos para Goiânia
para cursar o ensino médio. Foi quando decidiu qual carreira queria
seguir. “É uma profissão muito nobre, que ajuda as outras pessoas”,
conta. De acordo com o rapaz, o gosto pela área de biológicas também
ajudou na escolha.
Após concluir o 3º ano do ensino médio, o jovem fez mais três anos de
curso pré-vestibular. Além das aulas, ele estudava mais de 8 horas por
dia. No entanto, Gabriel afirma ser fundamental reservar um tempo para
si mesmo. “Nunca só estude, tenha suas horas de lazer, mas enquanto
estiver estudando, seja disciplinado”, ensina. Ele comenta que reservava
as noites de sábado e manhãs de domingo para fazer o que quisesse, como
ir ao cinema com a namorada, à casa dos tios ou jogar bola.
O jovem lembra que também é preciso abrir mão de certas coisas, como
momentos em que a família está toda reunida ou de viagens longas.
Inclusive, ele parou de tocar violão, atividade que já retomou.
Gabriel ressalta que quem quer fazer medicina não deve se importar com a
rotina estressante e os possíveis anos de estudo. “Deve-se propor a
estudar até passar, independente do tempo”, afirma. Para ele, vale a
pena se esforçar para ser aprovado em uma faculdade pública. “Estou
muito realizado, me sinto bem, passei na hora certa”, conta.
Apesar da alegria e satisfação pela aprovação, Gabriel não se esquece
da longa trajetória de estudo e das decepções ao não passar no
vestibular. “Quando saia a lista e não via meu nome, vinha aquela
tristeza. Pensava, ‘Nossa, cursinho de novo, será que é isso mesmo que
eu quero?’. Depois, a tristeza passava. Não é uma prova que ia mudar meu sonho. Nunca pensei em desistir”, ressalta.
Gabriel afirma que, além de estudar muito, ter tranquilidade ao fazer
as provas faz a diferença. “É primordial ter tranquilidade. A
experiência me ajudou a ficar calmo. No início, acredito que era
prejudicado pela falta de tranquilidade, por ficar desesperado em
passar”, dá a dica.
Fonte:
g1.globo.com/goias/noticia/2013/04/goiano-passa-em-seis-vestibulares-de-medicina-em-instituicoes-publicas.html
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